Remuneração pode chegar a R$ 9.500. Companhia deve receber seis navios em 2014 e já tem 12 em construção
Trabalhar em um navio petroleiro, com boa
remuneração, é um sonho de muitos brasileiros que cada vez mais se
torna realidade. A Transpetro está com dois processos seletivos públicos
abertos para 602 vagas, entre admissão imediata e formação de cadastro
de reserva. As inscrições estão abertas até 31 de janeiro de 2014 e os
editais estão disponíveis no site da Companhia (www.transpetro.com.br).
Esse
é um mercado em franca expansão. Em 2014, a Transpetro espera bater o
recorde de entrega de novas embarcações. O planejamento do Programa de
Modernização e Expansão da Frota da Companhia (Promef) prevê o
recebimento de seis navios. O recorde é o deste ano, com três entregas: o
navio de produtos Rômulo Almeida (janeiro), o suezmax Zumbi dos
Palmares (maio) e o José Alencar (de produtos), que deve fazer sua
viagem inaugural nos próximos dias. Até 2020, a frota passará dos atuais
60 para 110 navios.
Para o ano
que vem, a empresa receberá o navio suezmax Dragão do Mar, previsto
para o início de 2014, dois navios panamax (Anita Garibaldi e Irmã
Dulce), dois suezmax (Henrique Dias e outro ainda sem nome) e dois
gaseiros, sendo um deles o Oscar Niemeyer, que foi lançado ao mar no
último dia 4 de dezembro. O
primeiro processo seletivo é para 83 vagas imediatas e 185 para cadastro
de reserva para os cargos de condutor mecânico, auxiliar de saúde, moço
de convés, moço de máquinas e taifeiro. A remuneração mínima é de R$
3.148,99. O segundo é para 190 vagas imediatas e 144 para cadastro de
reserva para 2º oficial de náutica e 2º oficial de máquinas. São 120
vagas imediatas e 84 de cadastro para 2º oficial de náutica e 70
imediatas e 60 de cadastro para 2º oficial de máquinas. A remuneração
básica é de R$ 9.545,40. Os
candidatos admitidos pela Transpetro terão direito a benefícios como
auxílio educacional para os dependentes (auxílio-creche ou
auxílio-acompanhante, ensino pré-escolar, ensino fundamental e ensino
médio e superior), plano de saúde, auxílio-farmácia, plano de
previdência complementar, entre outros.
José Alencar
Sexto
navio a ser entregue pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota
da Transpetro (Promef), o navio de produtos José Alencar conclui o
primeiro lote deste tipo de embarcação. Já entraram em operação o Celso
Furtado (novembro/2011), o Sérgio Buarque de Holanda (julho/2012) e o
Rômulo Almeida (janeiro/2013).
O
navio foi batizado em homenagem ao ex-Vice-Presidente da República,
homem público e empresário que foi exemplo de competência, persistência e
patriotismo. Do humilde balconista que aos 14 anos já trabalhava em um
armarinho em Muriaé, Minas Gerais, ao comandante de um império
industrial, José Alencar se transformou em um líder empresarial e
político respeitado e admirado. Construído
no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro, a embarcação – que possui 12
tanques de carga, velocidade de 14,6 nós e autonomia de 12 mil milhas
náuticas – será responsável pelo transporte de produtos claros
(gasolina, diesel e querosene de aviação). Com 183 metros de comprimento
(o equivalente a quase 2 campos oficiais de futebol), 32,2 metros de
largura, 43,8 metros de altura (mais alto que a estátua do Cristo
Redentor), o navio tem capacidade para transportar 56 milhões de litros
de combustíveis (quantidade suficiente para encher aproximadamente 13
piscinas olímpicas).
Promef
O
Promef impulsionou o renascimento da indústria naval brasileira após
uma crise de décadas, com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda
de 49 navios e 20 comboios hidroviários. O Brasil tem, atualmente, a
quarta maior carteira mundial de encomendas de navios em geral e a
terceira de petroleiros. A
indústria naval, que por conta da crise chegou a ter menos de 2 mil
operários na virada do século, atualmente emprega mais de 70 mil
pessoas, segundo dados do Sinaval. Desse total, o Promef é responsável
pela geração de 10.450 empregos diretos no País, o que representa 15% de
todos os postos de trabalho diretos da indústria naval brasileira. O
Promef já entregou cinco navios à Transpetro: os de produtos Celso
Furtado, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida; e os Suezmax João
Cândido e Zumbi dos Palmares. Outras três embarcações estão em fase de
acabamento: José Alencar (de produtos, com entrega até o fim de 2013),
Anita Garibaldi (Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Há ainda 12 em fase
de construção. Além desses, três comboios hidroviários estão sendo
construídos e serão entregues à empresa em 2014.
O Promef tem três pilares:
- construir navios no Brasil;
- alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase;
- atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado.
Os
dois primeiros pilares já foram alcançados. E, com eles, o Promef
ajudou a retirar a indústria naval brasileira do abandono em que se
encontrava há décadas. O
terceiro pilar, a busca por competitividade internacional, é o atual
foco. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de
Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os
processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria
da produtividade. Os
principais players da indústria naval internacional, como Japão, Coréia
do Sul e China levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos para atingir a
maturidade do setor. Em apenas 13 anos, o Brasil já obteve resultados
comparáveis aos do mercado chinês.
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