quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

TRANSPETRO ABRE 602 VAGAS PARA MARÍTIMOS

Remuneração pode chegar a R$ 9.500. Companhia deve receber seis navios em 2014 e já tem 12 em construção 


Trabalhar em um navio petroleiro, com boa remuneração, é um sonho de muitos brasileiros que cada vez mais se torna realidade. A Transpetro está com dois processos seletivos públicos abertos para 602 vagas, entre admissão imediata e formação de cadastro de reserva. As inscrições estão abertas até 31 de janeiro de 2014 e os editais estão disponíveis no site da Companhia (www.transpetro.com.br).

Esse é um mercado em franca expansão. Em 2014, a Transpetro espera bater o recorde de entrega de novas embarcações. O planejamento do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Companhia (Promef) prevê o recebimento de seis navios. O recorde é o deste ano, com três entregas: o navio de produtos Rômulo Almeida (janeiro), o suezmax Zumbi dos Palmares (maio) e o José Alencar (de produtos), que deve fazer sua viagem inaugural nos próximos dias. Até 2020, a frota passará dos atuais 60 para 110 navios.

Para o ano que vem, a empresa receberá o navio suezmax Dragão do Mar, previsto para o início de 2014, dois navios panamax (Anita Garibaldi e Irmã Dulce), dois suezmax (Henrique Dias e outro ainda sem nome) e dois gaseiros, sendo um deles o Oscar Niemeyer, que foi lançado ao mar no último dia 4 de dezembro. O primeiro processo seletivo é para 83 vagas imediatas e 185 para cadastro de reserva para os cargos de condutor mecânico, auxiliar de saúde, moço de convés, moço de máquinas e taifeiro. A remuneração mínima é de R$ 3.148,99. O segundo é para 190 vagas imediatas e 144 para cadastro de reserva para 2º oficial de náutica e 2º oficial de máquinas. São 120 vagas imediatas e 84 de cadastro para 2º oficial de náutica e 70 imediatas e 60 de cadastro para 2º oficial de máquinas. A remuneração básica é de R$ 9.545,40. Os candidatos admitidos pela Transpetro terão direito a benefícios como auxílio educacional para os dependentes (auxílio-creche ou auxílio-acompanhante, ensino pré-escolar, ensino fundamental e ensino médio e superior), plano de saúde, auxílio-farmácia, plano de previdência complementar, entre outros.

José Alencar
Sexto navio a ser entregue pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef), o navio de produtos José Alencar conclui o primeiro lote deste tipo de embarcação. Já entraram em operação o Celso Furtado (novembro/2011), o Sérgio Buarque de Holanda (julho/2012) e o Rômulo Almeida (janeiro/2013).
O navio foi batizado em homenagem ao ex-Vice-Presidente da República, homem público e empresário que foi exemplo de competência, persistência e patriotismo. Do humilde balconista que aos 14 anos já trabalhava em um armarinho em Muriaé, Minas Gerais, ao comandante de um império industrial, José Alencar se transformou em um líder empresarial e político respeitado e admirado. Construído no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro, a embarcação – que possui 12 tanques de carga, velocidade de 14,6 nós e autonomia de 12 mil milhas náuticas – será responsável pelo transporte de produtos claros (gasolina, diesel e querosene de aviação). Com 183 metros de comprimento (o equivalente a quase 2 campos oficiais de futebol), 32,2 metros de largura, 43,8 metros de altura (mais alto que a estátua do Cristo Redentor), o navio tem capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis (quantidade suficiente para encher aproximadamente 13 piscinas olímpicas).

Promef
O Promef impulsionou o renascimento da indústria naval brasileira após uma crise de décadas, com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários. O Brasil tem, atualmente, a quarta maior carteira mundial de encomendas de navios em geral e a terceira de petroleiros. A indústria naval, que por conta da crise chegou a ter menos de 2 mil operários na virada do século, atualmente emprega mais de 70 mil pessoas, segundo dados do Sinaval. Desse total, o Promef é responsável pela geração de 10.450 empregos diretos no País, o que representa 15% de todos os postos de trabalho diretos da indústria naval brasileira. O Promef já entregou cinco navios à Transpetro: os de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda e Rômulo Almeida; e os Suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares. Outras três embarcações estão em fase de acabamento: José Alencar (de produtos, com entrega até o fim de 2013), Anita Garibaldi (Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Há ainda 12 em fase de construção. Além desses, três comboios hidroviários estão sendo construídos e serão entregues à empresa em 2014.

O Promef tem três pilares:
- construir navios no Brasil;
- alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase;
- atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado.

Os dois primeiros pilares já foram alcançados. E, com eles, o Promef ajudou a retirar a indústria naval brasileira do abandono em que se encontrava há décadas. O terceiro pilar, a busca por competitividade internacional, é o atual foco. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria da produtividade. Os principais players da indústria naval internacional, como Japão, Coréia do Sul e China levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos para atingir a maturidade do setor. Em apenas 13 anos, o Brasil já obteve resultados comparáveis aos do mercado chinês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário