sábado, 5 de outubro de 2013

P-55 DEIXA O PORTO DE RIO GRANDE

A plataforma semissubmersível P-55, construída pela Quip, por encomenda da Petrobras, deverá, se tudo transcorrer bem, iniciar a saída do porto do Rio Grande neste fim de semana. A estrutura seguirá para o Campo de Roncador, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.

Projeto integrante do Módulo 3 do Campo de Roncador, a P-55 ficará ancorada a uma profundidade de cerca de 1,8 mil metros e será ligada a 17 poços, sendo 11 produtores e seis injetores de água.

A exportação de petróleo e gás natural da plataforma será realizada por dutos submarinos acoplados à unidade. Com 52 mil toneladas, 10 mil metros quadrados de área, a P-55 é a maior plataforma semissubmersível construída no Brasil e começará a produzir em dezembro deste ano. Com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e tratar 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a plataforma é uma das maiores semissubmersíveis do mundo.

A obra gerou cerca de 5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos e alcançou o índice de 79% de conteúdo nacional, proporcionado, principalmente, pelo fato de a construção e a integração terem sido feitas totalmente no Brasil.

A edificação da plataforma foi realizada em duas partes implementadas de forma simultânea, casco e topside (módulos integrados), e posteriormente unidas.

O casco da unidade teve as atividades executadas no estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, de onde seguiu para o polo naval gaúcho para continuidade dos serviços. Em Rio Grande foram feitas as instalações do convés e dos módulos, bem como a integração dos sistemas da plataforma. A construção dos módulos de Remoção de Sulfato e Compressão de Gás também foi feita no local. Outros módulos, entre eles o de Remoção de CO2, foram construídos em Niterói (RJ) e, depois de prontos, transportados até Rio Grande.

A operação que acoplou as duas grandes partes da plataforma (convés e casco), chamada de Deck Mating, é considerada o marco mais desafiador da construção da unidade e uma das maiores já executadas no planeta, em função do peso da estrutura (17 mil toneladas) e da altura a que foi levantada (47,2 metros). A manobra foi realizada dentro do dique-seco do ERG1 (Estaleiro Rio Grande), em junho de 2012, por meio do içamento do convés, técnica inédita no País.

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